quinta-feira, 24 de abril de 2008

Setenta e oito

“Alguém, poderia vender-me um sonho?”.O único desejo que ela possuía era este.
Diga ao momento que ela almeja desfazer-se de setenta e oito dias da sua existência, pois eles não seriam de valia.
Jazia em laços do tempo...
Em setenta e oito dias que iriam passar como uma vaga e lenta despedida.
Ela só tinha o presente, mas por ora.Mas algo ela ainda era dona...possuía por direito.
O “eu te dou um abraço apertado de agradecimento” ainda era dela.
“Tem ou não tem um homem seminu na capa?”.
Tudo ainda pertencia mais vivo que ela.
E as mãos não mais unidas...ao cruel amanhecer.

--Por Alessandra/2008

Nenhum comentário: