Tu me disseste: “Que Deus conforte o teu coração”,
Mas tu não sabias que minutos antes, eu já o havia perdido.
As tênues linhas que o suportavam romperam num baque e tudo que não era concreto sobre ti vazou por meus olhos.
Sem clemência, tu compraste a penumbra para minha cegueira, roubando-me sanidade.
Meu espírito está decepcionado e pretende dilacerar o que eu chamava de fé.
As certezas se tornaram tormento...
Um pensamento feliz e esperançoso é pranto incontrolável.
Não há lágrimas que o possam reduzir.
É luto em noite que antes passava sob meus olhos sem notar.
Você sente o gosto amargo de uma oração?
Alessandra Reggio / 2009
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
"Sem clemência, tu compraste a penumbra para minha cegueira, roubando-me sanidade."
a sanidade tem um preço alto demais, e é irrecuperável...
sorte aqueles que nunca a tiveram!
Bom, tem-se aí um mundo a se reconstruir. Espero que a desilusão não deixe marcas permamentes além do saudável aprendizado... Não deixe que o pouco de sal (ou açucar) se perca por desesperança. =)
Postar um comentário