Antes de partir

Lentamente, mas não dolorosamente sinto-o sumir;
Meu espírito torna-se preenchível outra vez.
Meus pensamentos não mais te procuram,
Não sei a razão...talvez se perderam em alguma estrada.
É uma pequena felicidade
Perceber que aquela voz não me envenena
E tampouco a chuva me fere como outrora.
Pequenos momentos contigo juntam-se, mas nada denotam.

AMAVA-TE...tanto,
Que chega a ser um pouco culposo ver-me partir,
Pois você fora há muito tempo,
mas simplesmente deslembrou de me abrir os olhos.
Minha vista turva-se,
Abro meus olhos e começo a bocejar...
Como se quinhentos e cinqüenta dias fossem um sonho.
Dedico-te este último poema com meus últimos adágios sobre você,

Pois meus dias não mais morrem a sua maneira.

por Alessandra Reggio/2008