segunda-feira, 2 de junho de 2008

Duvidosos progenitores

Tenham dó de Freud, que nada saberia explicar atualmente.
Apreciem o tempo em que anseios não são mais contidos aos “modernizados” cidadãos.
Foi-se o choro, foi-se o riso, foi-se o risco de existir e não ter medo de abater-se.
Fechem as igrejas, o comércio e as escolas.
O amanhã foi suspenso por falta de interesse.
De progenitores que contemplaram o ar impuro que envolvia as cidades, duvidosas crianças seguramente nascerão.
Consertem a rebeldia dos jovens acomodados...
Se não, é só arremessá-los pela janela.
Comam o invisível sustento dos burocratas, e vejam quão admiráveis serão aos olhos da multidão.
A verdade? Quem merece piedade mesmo é a autora que tenta extrair das horas, dos noticiários, do solo imundo, algo em que converter em versos.
Todos feitos de casta homenagem, ao século sem constelações.

por Alessandra Reggio/2008

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